GOVERNADOR PEREIRA ALFREDO ENALTECE PAPEL DO TEATRO NA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL
As peças “Corredor do Lobito” e “6º Andar” foram exibidas neste domingo (13.07.2025), no Centro Cultural Manuel Rui, num espetáculo inserido nas comemorações dos 27 anos de existência do colectivo teatral Vozes de África, reafirmando o papel do teatro como ferramenta de educação, sensibilização e transformação social.
O momento foi prestigiado pelo governador da província do Huambo, Pereira Alfredo, que, numa clara demonstração de apoio à cultura e aos artistas locais, fez-se acompanhar pelo Ministro da Cultura, Filipe Zau, e pelo Secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugénio da Silva.
A presença do governador reforçou o compromisso do Executivo provincial com o fortalecimento das expressões culturais no Huambo. Em nome dos artistas da província, Pereira Alfredo teve a honra de proceder à entrega de uma menção honrosa ao Ministro da Cultura, num gesto simbólico que sublinhou a importância da articulação entre instituições e os agentes culturais.
“Queremos saudar, de forma especial, o coletivo Vozes de África e o grupo Amazonas, por nos proporcionarem mais um domingo dedicado ao teatro. Foi, sem dúvida, um momento fundamental, as peças apresentadas permitiram-nos mergulhar numa grande abstração artística, mas também nos ofereceram importantes lições, porque, naturalmente, o teatro, quando bem feito, traz-nos reflexões sobre o dia-a-dia, sobre os desafios que enfrentamos, mas também sobre as vitórias que vamos conquistando enquanto povo”, disse o governador Pereira Alfredo.
O Ministro Filipe Zau manifestou profunda satisfação pela homenagem recebida e por ter presenciado um momento de envolvimento autêntico entre os artistas e o público.
Segundo Felipe Zau, a cultura não é apenas entretenimento. A cultura é desenvolvimento social, a cultura é bem-estar. A cultura educa. A cultura gera arte e forma consciências. Este cuidado de transmitir valores através da arte merece ser valorizado, merece reconhecimento. É por isso que chamo de verdadeiros trabalhadores da cultura aqueles que, com criatividade e sacrifício, fazem da arte um instrumento de transformação”, enfatizou.
A peça “Corredor do Lobito”, apresentada pelo grupo Vozes de África, aborda o projeto do Corredor do Lobito, uma rota de desenvolvimento económico em Angola. A encenação visa conscientizar a comunidade sobre a importância de preservar os bens públicos, especialmente a linha férrea e os sistemas de energia e água, que fazem parte da infraestrutura deste projeto estratégico para o país.
Já o coletivo Amazonas apresentou a peça “6º Andar”, uma produção intensa que retrata os conflitos entre a vida e o amor ao próximo, no contexto da realidade angolana.
Ambientada no coração de uma maternidade, a peça percorre os diferentes andares do hospital, concentrando-se no 6º andar, onde os segredos, os medos, os choques culturais e a resistência feminina se encontram de forma brutal e poética. A narrativa mergulha em temas como tradição, saúde, poder e solidariedade, num contexto onde nascer é, por vezes, também um acto de luta.