GOVERNANTE DEFENDE MAIOR ORGANIZAÇÃO DA ACTIVIDADE RELIGIOSA NO HUAMBO
O vice-governador para o Sector Político, Social e Económico, Angelino Elavoco, defendeu nesta terça-feira 9 de Dezembro, a necessidade de maior organização, fiscalização e responsabilidade no exercício da actividade religiosa ao nível da província do Huambo.
Falando em representação do Governador da Província do Huambo Pereira Alfredo, no âmbito da realização da Primeira Conferência Provincial sobre a Liberdade de Religião e de Culto, Angelino Elavoco destacou que o Estado angolano é laico e garante a liberdade de consciência, crença e culto, desde que o exercício desse direito respeite a Constituição da República de Angola, a ordem pública e os valores da sociedade.
O governante alertou para a crescente proliferação de seitas religiosas na província do Huambo, fenómeno que tem gerado impactos negativos na estabilidade das famílias e na convivência social, defendendo a necessidade de um acompanhamento permanente por parte das instituições do Estado.
Angelino Elavoco referiu que actualmente, a província do Huambo conta com 68 igrejas reconhecidas e 14 em processo de legalização, facto que exige maior rigor na observância dos dispositivos legais que regulam a constituição, organização e funcionamento das confissões religiosas.
Na mesma ocasião, o Administrador Municipal do Huambo, Francisco Jamba Kata, destacou a importância do cumprimento das normas legais que regulam o funcionamento das instituições religiosas, defendendo o reforço do diálogo entre as autoridades e as confissões religiosas, com vista à promoção da paz social, da convivência harmoniosa e do respeito pelas leis em vigor.
O responsável sublinhou ainda que o ordenamento da actividade religiosa é fundamental para garantir a segurança dos fiéis, a organização dos espaços de culto e a salvaguarda dos bens afectos às comunidades religiosas, tendo igualmente apelado ao reforço das acções de sensibilização das comunidades para a preservação dos bens públicos.
Já o secretário provincial do Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA), Reverendo Euclides dos Santos, revelou que o encontro visou esclarecer alguns aspectos ligados a práticas adversas aos princípios bíblicos, controlo e registo do património e outros meios religiosos, a condições dos locais de cultos, cárcere privado de fiéis nas igrejas e, uma analise profunda a proposta da nova Lei de Culto e Religião.
O encontro, promovido pela Direcção do Gabinete Provincial da Cultura e Turismo, analisou temas ligados ao surgimento de seitas religiosas no Huambo, aos critérios para a legalização das confissões religiosas em Angola, aos locais apropriados para a realização de cultos e à necessidade de reforçar a protecção e preservação do património religioso.