• ACTORES SOCIAIS NO HUAMBO DEBATEM EM SEMINÁRIO PROCEDIMENTOS PARA GESTÃO DE CASOS DE CRIANÇAS EM SITUAÇÃO DE RUA


    O director em exercício do gabinete da Acção Social, Família e Igualdade de Gênero, Albino Lumingo, considerou nesta sexta-feira (14.03.2025), que o lugar da criança deve ser no seio familiar, o que exige das famílias, sociedade e o Estado, em ultima instância, o cumprimento do seu papel, sobretudo no contexto de vulnerabilidade, evitando que as mesmas não sejam separadas do seio familiar contra sua vontade.

    Albino Lumingo, que falava em representação do governador da província do Huambo, Pereira Alfredo, a propósito da realização do seminário sobre procedimentos para gestão de casos de crianças em situação de rua, caracterizou o evento de bastante importância, porquanto a província tem vindo a registar um número elevado de crianças de e na rua, apesar dos esforços que o executivo local tem desencadeado no sentido de mitigar, tendo informado que foram realizadas no Huambo, 4 ações de recolha de crianças de e na rua, nos períodos de 2020, 2021, 2023 e 2024, que permitiu reunificar mais de 120 crianças, quer a nível local, bem como nas províncias do Bié, Moxico, Huila, Luanda, Cuanza Sul, Benguela e Cuando Cubango.

    Para o director-geral do Instituto Nacional da Criança (INAC), Paulo Calesse, a realização do seminário na província do Huambo, resulta de um inquérito feito, sobre as províncias com número elevado de crianças em situação de vulnerabilidade, e o planalto central é uma delas, e o sector elaborou um manual que clarifica e aprimora a actuação dos seus profissionais, que em muitos casos não têm sido correctas e contribuem para a constante permanência de crianças na rua.

    Paulo Calesse, que visitou o lar de acolhimento da missão católica da Hanga e o lar dos Pequeninos, localizados nos arredores da cidade do Huambo, no âmbito dos apoios com bens alimentares e outros, declarou que o número elevado de crianças com idades inferiores a 2 anos naqueles estabelecimentos preocupa o sector, que controla mais de 4000 crianças catalogadas em situação de rua, tendo desencorajado as ofertas de dinheiro e alimentos em crianças na rua, que devem ser levadas nos centros de acolhimento.
    Participaram do evento que teve lugar no auditório do governo da província do Huambo, administradores municipais adjuntos, directores municipais paras as áreas sociais, entidades eclesiásticas e autoridades tradicionais, representantes de ONGs, responsáveis de centros de acolhimentos e sociedade civil.