• ANGOLA: 50 ANOS DE AUTONOMIA POLÍTICA ABORDADA EM CONFERÊNCIA


    O Ministro da Cultura, Filipe Zau, orientou nesta segunda-feira (14.07.2025) na província do Huambo, uma conferência subordinada ao tema “Angola: 50 Anos de Autonomia Política”, destacando o papel fundamental da cultura na construção da identidade nacional.

    A actividade enquadrou-se nas celebrações do Cinquentenário da Independência Nacional, a assinalar-se a 11 de Novembro de 2025, e decorreu no Centro Cultural Manuel Rui, contando com a presença do governador da província do Huambo, Pereira Alfredo, que, na ocasião, realçou a importância da abordagem como um marco de reflexão sobre o caminho percorrido pelo país rumo à liberdade, à paz e ao progresso.

    Na sua intervenção, o ministro da cultura, enquanto prelector principal, enfatizou a centralidade da cultura no processo de consolidação da soberania e na formação da identidade colectiva, tendo realçado que a cultura é o alicerce da nossa identidade colectiva e um instrumento essencial para a cidadania e o desenvolvimento sustentável.

    Felipe Zau, acrescentou que os 50 anos de independência não poderiam ser celebrados em momento mais simbólico do que o actual, em que o Presidente da República, João Lourenço, nomeado Campeão da Paz pela União Africana, exerce a presidência pro tempore da organização. O ministro destacou ainda que, sob a liderança angolana, a União Africana elegeu como tema para o ano de 2025 a “Reparação”, assunto profundamente ligado à justiça histórica, ao reconhecimento das feridas deixadas pelo colonialismo e ao resgate da dignidade dos povos africanos, tendo considerado que esta escolha reforça o compromisso de Angola com uma agenda africana mais justa, unida e culturalmente afirmada.

    Um dos momentos altos da conferência foi a exibição de um documentário sobre a vida e obra de Mário Pinto de Andrade, destacado intelectual e político, figura incontornável do pensamento anticolonial. A produção audiovisual homenageou o seu inestimável contributo para a independência e para a formação da consciência política nacional.

    O evento com o objectivo de estimular uma reflexão crítica sobre a história do país e projectar uma Angola mais unida, justa e culturalmente fortalecida, reuniu membros do governo, entidades eclesiásticas e tradicionais, académicos, estudantes e representantes da sociedade civil, numa jornada de reflexão sobre a trajectória histórica de Angola, seus desafios, conquistas e aspirações futuras.