• DEFENDIDA NO HUAMBO UTILIZAÇÃO DE MEIOS DE PAGAMENTOS ALTERNATIVOS COMO PILAR DA INCLUSÃO FINANCEIRA


    O governador da província do Huambo, Pereira Alfredo, enfatizou na tarde desta segunda-feira(17.07.2025), a importância dos meios de pagamento alternativos como instrumentos estratégicos para promover a inclusão financeira, coesão territorial e o desenvolvimento económico sustentável do país.

    Falando no acto de abertura da conferência sobre Instrumentos alternativos de pagamento, uma iniciativa do Banco Nacional de Angola (BNA), o governante sublinhou que Angola não pode ficar para trás face à transformação digital em curso no sector financeiro, sublinhando a necessidade de soluções mais rápidas, seguras e inclusivas, que cheguem também às zonas rurais e aos cidadãos ainda excluídos do sistema bancário formal.

    O governador enalteceu a actuação do BNA, sobretudo pelas reformas que têm permitido a criação de um ecossistema regulatório robusto e propício à inovação, com destaque para a Lei do Sistema de Pagamentos (Lei n.º 5/05) e os regulamentos subsequentes que abriram caminho ao funcionamento de instituições de moeda eletrónica e serviços financeiros digitais.

    Durante a sua intervenção, Pereira Alfredo destacou o crescimento de plataformas como o Unitel Money, e-Mola e Express União, que estão a levar serviços financeiros a segmentos tradicionalmente excluídos, como trabalhadores informais, jovens empreendedores e mulheres chefes de família, tendo reafirmando o compromisso do governo do Huambo com políticas que incentivem a digitalização do sistema financeiro, garantindo que os benefícios da inovação cheguem a todos os cidadãos, independentemente da sua localização geográfica.

    O vice-governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Pedro Domingos, encerrou a conferência sobre instrumentos alternativos de pagamento com um balanço positivo do evento, sublinhando os avanços significativos na utilização de meios eletrónicos no país.

    Durante o seu discurso, Pedro Domingos revelou que, em 2024, o Sistema de Pagamentos de Angola processou 2,5 mil milhões de operações com instrumentos de pagamento eletrónicos, totalizando 74,4 mil milhões de kwanzas. Este volume representa um crescimento de 34,8% face ao ano anterior, sinal claro da crescente adesão da população às soluções digitais.

    O vice-governador do BNA reconheceu, contudo, que a transição para uma sociedade com menos dinheiro físico é um processo complexo, exigindo a colaboração de todos os sectores da sociedade, tendo reforçado o apelo à promoção do uso massivo de pagamentos eletrónicos como via para um sistema financeiro mais sólido, moderno e socialmente inclusivo.

    O evento que decorreu no Centro Cultural Manuel Rui, reuniu membros do governo provincial, corpo directivo do BNA, representantes de instituições bancárias e financeiras, operadores e agentes económicos, autoridades tradicionais, religiosas, académicos, estudantes universitários e outros convidados.