O governador da província do Huambo, Pereira Alfredo, considerou que a agricultura que se quer cada vez mais desenvolvida, carece de apoio das instituições de investigação científica nacionais, do continente e parceiros, tendo encorajado a não medirem esforços em projectos constantes no SASSCAL que vão aumentar a capacidade dos países parceiros, fortalecer as suas instituições e alicerçar o conhecimento científico.

Pereira Alfredo, que falava nesta quarta-feira (19.02.2025), durante a abertura do primeiro workshop técnico de pós-graduação do SASSCAL, em agricultura, segurança alimentar e gestão sustentável dos solos, enfatizou que o programa contempla a reestruturação de laboratórios, implementação de rede de estações metereológicas e laboratórios de biodiversidades, colocando Angola no mapa dos observatórios do continente e não só.

O governante destacou ainda que, o programa que vai na sua segunda fase, com uma carteira de 7 projectos para Angola, todos em curso, sendo 3 liderados por docentes da UJES em parceria com investigadores das Universidades da Alemanha, África do Sul, Botswana e Namíbia, está centrado na agro-pecuária e mecanismos de resposta às alterações climáticas a nível da região.

Para a reitora da UJES e presidente alternante do Conselho de Administração do SASSCAL, Virgínia Quartim, em representação ao seu presidente, Gabriel Miguel, Angola aderiu à iniciativa SASSCAL, com o objectivo de revitalizar a investigação científica em diferentes domínios, materializando o lema "a Agricultura é a Base e a Indústria o Factor decisivo”.

Na sua intervenção, o representante do Ministério Federal da Educação e Pesquisa da Alemanha, Dirk Schories, fez saber que o workshop de dois dias na província do Huambo, marca um passo significativo em direcção ao objectivo em comum, o de fortalecer o centro SASSCAL e criar uma nova escola de pós graduação no Huambo.

Já o director geral do CETAC Huambo, Manuel Nkolongo, declarou na sua intervenção que, a acção formativa vai capacitar os técnicos com ferramentas para enfrentar com sabedoria os desafios ligados à seca, estiagem e outros fenómenos da natureza.

O responsável ressaltou ainda que, a instituição que dirige desenvolveu em 2017, no planalto central, estudos das nascentes e gestão sustentável de terras face às alterações climáticas, o qual caracterizou e mapeou um total de 45 nascentes, dos quais 8 necessitam de intervenção especial para a sua conservação.

De realçar que, o SASSCAL de iniciativa de Angola, Botsuana, Namíbia, África do Sul, Zâmbia e Alemanha, tem a sede do seu nó nacional na província do Huambo, para a sua segunda fase (2.0), conta com um orçamento de mais de 600 mil Euros, com uma carteira de 7 projectos, envolvendo 6 instituições e 21 investigadores.