O Governador da Província do Huambo, Pereira Alfredo, recebeu nesta quarta-feira, 19 de Novembro, a delegação do Fundo Soberano de Angola, chefiada pelo Presidente do Conselho de Administração, Armando Manuel, que se encontra na região para acompanhar a fase de recepção provisória da fábrica de medicamentos Ovihemba.

Durante o encontro, o governador deu as boas-vindas à delegação e manifestou satisfação pela mobilização de investidores para um projecto que considera de elevada importância social e económica, destacando que iniciativas do género contribuem para o desenvolvimento da província e do país.

Pereira Alfredo sublinhou ainda o papel estratégico do Fundo Soberano de Angola na concretização de projectos estruturantes, reiterando o compromisso do Executivo provincial em apoiar, dentro das suas competências, a conclusão e entrada em funcionamento da nova unidade fabril.

Por sua vez, o PCA do FSDEA, Armando Manuel, afirmou que o investimento privado constitui o motor do crescimento económico. Explicou que, no âmbito da missão de apoio à diversificação da economia, foram identificadas no Huambo oportunidades relevantes nos sectores da suinicultura e da indústria farmacêutica.

No final da audiência, o Presidente do Conselho de Administração da Ovihemba Laboratórios Farmacêuticos, Sérgio Sousa, declarou à imprensa que a recepção provisória da fábrica constitui um marco importante para o marketing e divulgação do projecto. Informou que as etapas seguintes incluem a certificação da unidade, testes de validação, produção do lote de liberação e, posteriormente, a comercialização.

Sem avançar datas para o início efectivo da produção, explicou que o calendário será definido conforme a conclusão das fases técnicas em curso e revelou igualmente que o primeiro medicamento a ser industrializado será o paracetamol, com matérias-primas importadas da Europa e da China.

A fábrica, localizada na zona industrial do Bairro São Pedro, representa um investimento de cerca de 5 milhões de dólares, financiado por capitais privados e pelo Fundo Soberano de Angola, sendo que a unidade está projectada para uma capacidade de produção anual de 300 milhões de comprimidos.